Neuralgia: quais tipos existem, o que causa e como tratar?

Os nervos são conjuntos de tecido fibroso responsáveis, por exemplo, por transmitir sinais entre o corpo e o cérebro ou a medula espinhal. Quando danificadas ou irritadas, essas estruturas podem inflamar e causar uma dor latente e intensa, condição conhecida como neuralgia. ¹

Quem sofre desse problema relata dores de cabeça muito fortes e crônicas, como uma crise de enxaqueca, pois é extremamente debilitante. Além disso, como atinge os tecidos que transmitem sinais elétricos, a inflamação pode provocar sensação de choque. ¹

Nesse post vamos explicar o que é a neuralgia, quais sintomas causa, o que provoca o quadro e como é feito o tratamento. Aproveite a leitura!

O que é neuralgia, também chamada de nevralgia?

A neuralgia, também chamada de nevralgia, é uma doença que ocorre quando os principais nervos do corpo ficam irritados ou danificados. Esses tecidos estão ligados ao sistema nervoso central e periférico ou à medula espinhal. Por esse motivo, quando atingidos, podem causar uma dor intensa, pulsátil e debilitante. ¹

As cefaleias crônicas e recorrentes são os principais sintomas da condição. O desconforto é sentido em diferentes partes da cabeça e do pescoço, dependendo do nervo atingido.  ¹

Por exemplo, a neuralgia do trigêmeo, localizado na frente das orelhas, costuma causar dor na face. Já a nevralgia occipital atinge a parte de trás dos olhos e vai até o pescoço. ¹

Para receber um diagnóstico adequado e tratamento capaz de aliviar os sintomas com eficiência e segurança, é essencial buscar atendimento médico. ¹

Quais são os tipos de neuralgia e seus sintomas? Onde elas doem?

Existem diferentes tipos de neuralgia, em sua maioria são classificados de acordo com o nervo específico que foi atingido. A causa e o mecanismo de ação é comum para todos eles. A diferença principal é o ponto focal da dor. ¹

Conforme explicado, os sintomas dependem das características gerais da doença, como causa ou nervo atingido. Assim, o incômodo pode ser sentido em um local específico do rosto, cabeça, pescoço ou tórax, entre outras partes do corpo. ¹

A neuralgia pode ser dividida entre central e periférica. A primeira ocorre quando os nervos atingidos estão no cérebro ou na medula espinhal, já a segunda atinge o sistema nervoso periférico. Além dessa separação, o quadro pode ser classificado pelos tipos ¹:

• neuralgia pós-herpética;
• neuralgia do trigêmeo (nevralgia trigeminal);
• neuralgia do nervo occipital;
• neuralgia intercostal;
• neuralgia do nervo glossofaríngeo;
• neuralgia do nervo pudendo.
  
  

Neuralgia pós-herpética

O herpes-zoster é uma erupção cutânea causada pelo vírus da varicela zóster, que também é responsável pela catapora. A doença pode formar bolhas dolorosas e cheias de líquido. Em certos casos, mesmo após as feridas desaparecem, a dor continua, pois nervos subcutâneos foram atingidos. ²

Nessas situações, ocorre a neuralgia pós-herpética. Mais comum em pessoas idosas, a doença causa dor crônica nas áreas da pele ligadas aos nervos infectados. O desconforto pode ser incapacitante, manifestando-se tanto de maneira contínua quanto intermitente. ²

Além do incômodo, durante a herpes zoster você pode sentir outros sintomas, como ²:

• dormência e formigamento;
• irritação na pele;
• sensação de coceira e calor;
• vermelhidão;
• erupções cutâneas com bolhas cheias de líquido;
• dor de cabeça;
• mal-estar generalizado;
• febre e calafrios.
  
  

Neuralgia do trigêmeo

O nervo trigêmeo, localizado próximo à orelha, é responsável por transmitir as sensações do rosto para o cérebro. Os sintomas da neuralgia variam de dor facial leve à intensa, afetando a cabeça e provocando a cefaleia. ³

Apesar de a origem da neuralgia do trigêmeo ainda ser desconhecida, médicos acreditam que se trata de um processo degenerativo que resulta na perda da membrana de proteção desse nervo, causando descargas elétricas.  ³

É por esse motivo que as dores aparecem como pontadas fortes desde a parte frontal do couro cabeludo até a ponta do queixo, afetando, em sua maioria, pessoas acima de 55 anos. ³

Como afeta um nervo tão importante, a neuralgia provoca um estímulo descontrolado em regiões do cérebro. Geralmente, as crises se manifestam após pequenos estímulos sensoriais, podendo começar com um simples toque no rosto. ³

A dor de cabeça é fruto do aumento das atividades nervosas cerebrais e pode ser tão intensa quanto a própria dor da neuralgia. Como ela tende a ser crônica, é possível que retorne, interferindo na qualidade de vida da pessoa afetada. ³

Do nervo occipital

Os nervos occipitais se ramificam pelo couro cabeludo na parte de trás da cabeça e vão até a região posterior dos olhos. A neuralgia occipital ocorre quando essas estruturas são danificadas ou sofrem com inflamações, causando crises de dor latejante na nuca, pescoço, couro cabeludo e atrás dos olhos. ⁴

Quem sofre dessa condição, também pode sentir choques e queimação ao redor do nervo. As crises são intermitentes ou contínuas, dependendo do caso. Por conta da localização, pode ser confundida com cefaleia tensional. ⁴

Intercostal

A neuralgia intercostal afeta os nervos na região do tórax e abdômen, causando desconforto ao redor das costelas, costas, peito e barriga. Também conhecida como neurite intercostal, é resultado de uma inflamação dessas terminações nervosas. ⁵

Nesse caso, a dor costuma irradiar para áreas adjacentes, sentida como choque, pontada, rigidez ou queimadura. Pode ocorrer acompanhada de cãibras, dormência ou formigamento nos músculos. A prática de atividades físicas pode servir de gatilho para a condição. ⁵

Do nervo glossofaríngeo

Os nervos glossofaríngeos ficam na parte posterior da garganta, próximos às amígdalas e faringe. Eles se estendem até a parte de trás dos olhos e pela mandíbula. Quando comprimidos, irritados ou inflamados, a neuralgia glossofaríngea ocorre em crises recorrentes de dor intensa. ⁶

Apesar do desconforto extremo, os ataques são relativamente curtos. Os gatilhos para os episódios costumam ser ações rotineiras, como mastigar, engolir, tossir e espirrar. A partir daí, a dor começa do fundo da garganta e irradia para a língua, normalmente de maneira unilateral. ⁶

Neuralgia pudendo

O nervo pudendo fica ao redor do períneo e é responsável pela capacidade motora e sensitiva das partes íntimas. A neuralgia pudenda é uma compressão dessas terminações, comum em pessoas com mais de 40 anos, afetando principalmente as mulheres. ⁷

A dor se estende do reto até os órgãos genitais, ocorre principalmente ao sentar e pode ter início após ter relações sexuais ou ir ao banheiro. ⁷

O que causa neuralgia?

Em geral, as causas das neuralgias costumam ser desconhecidas. No entanto, existem fatores que são frequentemente associados ao quadro, como é o caso de ^{1 8}.

• infecções prévias, como herpes-zoster, doença de Lyme e sífilis;
• doença renal crônica;
• traumas nos nervos, incluindo causados durante o parto e cirurgias;
• uso contínuo de certos medicamentos;
• distúrbios emocionais;
• envelhecimento;
• pressão nos nervos, causada pelos ossos e músculos;
• tumores.
  
  

Quais são os tratamentos para a dor neural?

Casos de neuralgia são crônicos e não têm cura, mas o tratamento é essencial para combater a dor intensa e recuperar o bem-estar de quem sofre com essas condições. ^{1 8}

É essencial que um médico seja consultado assim que os sintomas aparecerem. Isso porque só com o diagnóstico feito por meio de uma série de exames, o especialista pode indicar o tratamento correto, já que a dor não vai embora tão facilmente. ^{1 8}

Os remédios para aliviar a dor da nevralgia podem ser administrados via tópica, oral ou por injeção, aplicada diretamente nos nervos atingidos. ^{1 8}

Entre as possíveis recomendações, podemos destacar ^{1 8}:

• cirurgia para aliviar a compressão do nervo;
• fisioterapia e terapia comportamental;
• analgésicos;
• anti-inflamatórios;
• antidepressivos;
• anticonvulsivos;
• cremes de capsaicina.
  
  

Conclusão

A neuralgia é uma dor crônica e intensa que não pode ser curada. Pela forma como se manifesta, pode ser confundida com outras condições incômodas, como certos tipos de cefaleia, enxaquecas e tensão muscular.

A diferença pode estar na recorrência e intensidade dos episódios de crise, além da forma como a dor é percebida. Em geral, o incômodo é latejante, causa choques, sensação de pele queimando e pode provocar dormência ou formigamento.

Para tratar crises debilitantes e encontrar o melhor tratamento possível, é essencial procurar atendimento médico adequado.

Esperamos que o post tenha ajudado a tirar suas dúvidas sobre o assunto. Assim vamos ficar por aqui. Até a próxima!